Maior navio de cruzeiro do mundo tem parque com árvores de verdade, pista de patinação no gelo e musical da Broadway.
Quando se entra no Allure of The Seas pisa-se num investimento de US$ 1,4 bilhão – quantia que daria para adquirir 23 iates como o sofisticado The Maltese Falcon, do estaleiro italiano Perini Navi.
O investimento justifica o título de maior navio de cruzeiro do mundo. O comprimento do barcão da companhia Royal Caribbean corresponde a cinco vezes o do gigantesco Airbus 380, o maior avião de passageiros do mundo. “Pretendía–mos construir o melhor navio, nunca dissemos que construiríamos o maior”, diz Richard D. Fain, chairman e CEO da Royal Caribbean Cruises.
Mais novo integrante da frota de 34 embarcações da Royal Caribbean, o Allure sai do porto de Fort Lauderdale, na Flórida (EUA), em busca de aventuras nos mares do Caribe neste verão do Hemisfério Sul.
Viajar hospedado em uma de suas 2.706 cabines é quase tão fascinante quanto andar por Nova York. Começando pela sua capacidade de levar mais de seis mil passageiros, atendidos por quase dois mil e quinhentos tripulantes.
Tudo nele é grande e sofisticado. E a referência à metrópole americana não é à toa. No centro da embarcação está localizado o Central Park, nome de um espaço quase tão comprido quanto um campo de futebol, com árvores tropicais, plantas e flores de verdade, onde os passageiros podem praticar corridas ou fazer suas caminhadas.
Roteiro nova-iorquino: Da esq. para a dir.: detalhe da Boardwalk,
onde ficam lojas e restaurantes, da Royal Loft Suit e do "Central Park"
onde ficam lojas e restaurantes, da Royal Loft Suit e do "Central Park"
No meio desse verde há lojas, cafés (entre eles, um Starbucks), 25 restaurantes e até mesmo uma churrascaria, além de uma galeria de arte com obras do brasileiro Romero Britto.
Dizer que o navio é uma cidade é um lugar-comum muito apropriado. Suas sete diferentes áreas são chamadas oficialmente de bairros, distribuídos por 16 andares, servidos por 24 elevadores muito mais eficientes do que os de qualquer shopping center de primeira linha de São Paulo ou do Rio de Janeiro.
Esse ambiente de “big city” continua com os shows, o entretenimento e os restaurantes. Os passageiros podem, por exemplo, assistir em um teatro com capacidade para 1,3 mil espectadores a uma versão mais curta, mas fiel, do musical Chicago, sucesso da Broadway.
O clima de superprodução continua com as apresentações e paradas com personagens de filmes de animação, como os ogros Shrek e Fiona, que aparecem de surpresa no café da manhã do restaurante principal ou desfilam no Boardwalk, a avenida central do Allure. É nessa via que uma multidão percorre lojas, bares e lanchonetes.
As cabines são um capítulo à parte. A maior de todas, a Royal Loft Suíte, tem 141 m2 e dois andares que podem hospedar seis passageiros. Ela dispõe, entre outras coisas, de sala de jantar, piano de cauda e uma Jacuzzi na varanda.
Ricardo Amaral, diretor-geral da Royal Caribbean no País
Seu preço para uma saída de sete dias é de R$ 21 mil por pessoa, mais taxas. Já o mesmo período, numa cabine menor, custará, no fim fevereiro, cerca de R$ 3 mil, mais taxas. Tanto conforto tem atraído os brasileiros, que cada vez mais procuram cruzeiros como opção para as férias.
“O Brasil é um dos cinco maiores mercados de cruzeiro no mundo, caminhando rapidamente para o quarto lugar”, afirma Ricardo Amaral, diretor-geral da Royal Caribbean no País.
Segundo ele, na temporada de 2010, a companhia embarcou 116 mil brasileiros, sendo 75 mil para roteiros internos e 41 mil no Exterior. Para 2011, a empresa prevê transportar mais de 152 mil turistas nacionais.“Só no Allure já há quase 1,6 mil reservas de brasileiros para o Carnaval”, diz a brasileira Rosie Guimarães, embaixadora internacional da empresa.
Fonte: IstoÉ Dinheiro – edição nº 693
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