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sábado, 9 de agosto de 2008

O CONSUMO DO LUXO



O fenômeno do consumo do luxo não é recente. O homem sempre conviveu, adorou e amaldiçoou seus obscuros objetos de desejo, mas o que é atual são o tratamento e o sentimento burguês em relação ao novo luxo, a estetização da sensibilidade do consumidor moderno, o refinamento e a sofisticação das suas escolhas e a profusão de artigos oferecidos e comunicados: a inflação de signos do dispêndio e da soberba.

A transformação do perfil de consumo e do consumidor do luxo ampliado só pode ser entendida dentro da dinâmica interna destes fluxos e das transformações psicográficas ocorridas nas últimas décadas: a mudança nos padrões de vida dos profissionais e das famílias metropolitanas internacionais, com um incremento no nível de renda e uma maior sofisticação no consumo destes grupos, aliada as transformações tecnológicas das ultimas décadas, a melhor qualidade e funcionalidade dos produtos e uma extensão de linhas de produtos mais segmentados e superiores em refinamento também são aqui analisadas como fatores centrais para a compreensão do fenômeno do luxo expandido.

O consumidor-cliente do luxo sempre foi e será uma fração da elite que concebe os produtos de luxo como insignias e símbolos máximos de seu privilégio e exclusividade. Estes adquirem e não se importam de pagar muito caro em nome do prestígio da tradição. Há os excursionistas do luxo, que de vez em quando se presenteiam com itens luxuosos mas de valor absoluto relativamente baixo: perfumes, acessórios, bebidas e roupas de marca.

Há também os "lançadores de moda" - os também denominados fashion victims, cool people, vanguardistas e trendsetters - que pagam mais caro por lançamentos ou edições limitadas de certos itens como objetos de mobiliário, roupas e acessórios, e pagam caro para ser vistos em restaurantes, clubs e cafés-butiques da moda. Um outro subsegmento ou categoria bastante consumista, que tem padrões de despesas discricionárias mais elevadas são os "caçadores de status", que buscam notoriedade e posição na hierarquia social a partir de um jogo de aparências, posses e consumos.

E por fim, o consumidor hedonista narcisista, que consome o luxo menos pelo status e diferenciação, mas pelo conforto, qualidade e emoção de determinados bens de prestígio: um cruzeiro pelo Mar Egeu, uma semana na Polinésia Francesa ou esquiando em Copper Mountain; um jantar no Plaza Athènée de Paris e um fim de semana no Ritz; um banho de Efurô e produtos de beleza de Estée Lauder; a emoção de dirigir uma Ferrari ou de velejar num Ferreti.

2 comentários:

Unknown disse...

Todos gostam de andar bem vestido...com luxo e estilo melhor ainda...
Beijos

Unknown disse...

O luxo é inerente ao ser humano, aguça o nosso extinto de beleza e de poder.

Seu blog é assim...um "LUXO"