Bloqueio botao direito mouse

sábado, 9 de agosto de 2008

OS SEGMENTOS DE PRODUTOS DO MERCADO DO LUXO


De acordo com Castarèdes, há várias tipologias das atividades da indústria do luxo. Baseado por uma abordagem por segmentos o autor define as principais:

TRANSPORTES: automóveis, motocicletas, iates, aviões, helicópteros particulares.

USO PESSOAL: alta costura, prêt-à-porter de luxo, perfumaria, acessórios de moda e couro, calçados, cosméticos, relojoaria, jóias e bijuterias de luxo.

LAZER: cruzeiros, clubes, esportes (pólo, caça, golfe), hotelaria.

SERVIÇOS DE MESA: cristais, prataria, louça.

HABITAÇÃO: residências, decoração de luxo (tapeçaria, peças de arte, iluminação).

ALIMENTAÇÃO: champanhes, vinhos e destilados, comidas finas, restaurantes de luxo.

O novo luxo se constrói em torno de alguns segmentos e setores principais: carros, motocicletas, relojoaria-joalheria, perfumes e cosméticos, acessórios de couro e moda, vestuário, mobiliário, marcas de alimentos e bebidas de prestígio. Mas são as características de elegância e prestígio das marcas que lhes conferem fama e deferência. A luxurificação se constrói, portanto, em cima do glamour e dos legados das marcas e de seus criadores.

Jean Castaréde em sua obra O luxo – Os segredos dos produtos mais desejados do mundo – vai fazer uma taxonomia do luxo, elencar seus principais segmentos e formular estratégias de marketing para gestão das marcas de luxo.
Segundo o autor, temos uma concepção estratigráfica onde há basicamente três círculos do luxo. Estrategicamente há o circulo central, formado pelos produtos top de linha do luxo: o alto luxo ou luxo extremo, acessível a uma pequena e ínfima parcela da população.

Depois envolvendo este círculo menor e ancorado na tradição dos primeiros, encontramos um círculo maior, mais recente e em constante desenvolvimento: o luxo intermediário, constituído por objetos refinados envoltos na mesma aura de elegância e bom gosto, mas extensões, ancoragens ou derivações do luxo tradicional. São artigos de marca e de maior acessibilidade, mas ainda de preços elevados e proibitivos à grande parte da classe média.

Num terceiro nível encontramos o círculo dos objetos de luxo mais acessíveis e em geral de distribuição menos seletiva e de maior exposição na mídia e na publicidade, explicado pela natureza de suas categorias como produto: perfumes, bebidas, alimentos, cosméticos, acessórios de moda e roupas do prêt-à-porter de moda.

Se o círculo de luxo excessivo é de artigos de alta costura, da alta joalheria, das obras de artes e das pratarias e louças finas e raras, dos automóveis de luxo, dos iates e palacetes, cruzeiros e esportes de elite o universo do luxo intermediário são dos produtos do prêt-à-porter, dos acessórios de moda de marca, dos objetos de couro, canetas e da indústria de jóias e relógios de linhas menos sofisticadas, mas com a identidade das marcas tradicionais.

Os agentes do setor de luxo são formados por inúmeras empresas de diferentes tamanhos e funções, atuam em diferentes segmentos, mas são todos em geral, fiéis ao aos princípios e as regras da criação/produção e gestão do luxo. O mix de marketing do setor de luxo respeita certos ‘dogmas’ inquestionáveis: distribuição seletiva, inovação criadora, estilo refinado, apresentação impecável, apelo intemporal, design assinado e originalidade.

Claro que a política de marketing é flexível ao setor de atuação, as oscilações do gosto do consumidor, da dinâmica social e histórica e as diferenças culturais dos consumidores nas diferentes localidades ou sociedades.

Nenhum comentário: